sábado, abril 21, 2012

Ja há quase um ano que não te escrevo. Admito que foi por vergonha. Tanto de bom que me aconteceu, mas a verdade é que te tenho para lamentar as minhas tristezas. E, meu deus, a tristeza que me atormentava na ultima publicaçao ainda me persegue.... Tenho vergonha desta tristeza que sinto.

Poderia falar-te da minha grande conquista este ano, dos passos que dei e que apesar de arriscados, ainda não me arrependi deles. Poderia falar dos amigos que criei, dos que ja existiam e que continuam a tornar a minha vida mais agradável de se viver. Mas não, quando penso em ti, e nas invariáveis vezes que te releio para me rir um pouco com as memórias que me trazes, acabo por perceber que estas emoçoes estao vivas em mim, embora o meu coração já não as sinta como outrora.

Como é que um blogue é o meu confidente de amarguras? Será porque no fundo procuro saber se o resto do mundo me compreende? Pessoas aleatorias, que nao me conhecem, que nao sao tao parciais quanto um amigo? Escrever sempre foi uma terapia para mim. Os meus (que ouso chamar de) poemas continuam a ser os unicos que falam de mim e ser tambem a forma mais segura que tenho de libertar as minhas emoçoes.... Como eu os amo, como eu os receio...Quando escrevo, sinto que tenho o "coraçao nas maos" e quando releio sempre parece que exagerei nos sentimentos, mas nao....simplesmente deixo de os filtrar, torno-me um animal de instintos e deixo de exercer racionalidade sobre o que sinto. quero voltar para ti, para a minha terapia da escrita. Quero nao ter vergonha de falar sobre o que vivo mesmo quando é banal ou feliz, mas acima de tudo quero poder guardar em ti as minhas emoçoes para que possa viver de forma mais saudável o meu dia a dia.

O eterno silencio que povoa os meus poemas fazem me gritar: quero-te de volta na minha vida!!!! ;)